29 de set. de 2013

Notícia:

“Consideramos que segmentos de DNA que ocorrem naturalmente são um produto da natureza e não elegíveis para patentes meramente por terem sido isolados. Não há dúvidas de que a Myriad (Myriad Genetics, empresa americana que isolou os genes BRCA 1 e BRCA 2 que podem ter relação com mutações associadas ao câncer de mama e ao câncer de ovário, e os registrou para fins comerciais) não criou ou modificou qualquer informação genética codificada nos genes BRCA 1 e BRCA 2. A localização e ordem dos nucleotídios existiam na natureza antes da Myriad encontrá-las. Neste caso, a Myriad não criou nada. É certo que ela encontrou importantes e úteis genes, mas separar estes genes do material genético em torno deles não é um fato de invenção. Descobertas inovadoras e brilhantes [como as feitas pelos cientistas da Myriad] não satisfazem em si [os requisitos da lei americana para registro de patentes].
Juiz da Suprema Corte dos E.U.A., Clarence Thomas.
OBS.: Este genes são supressores tumorais, que protegem contra o câncer pela produção de uma proteína. A mutação destes genes faz com que esta atividade seja reduzida ou perdida.
Extraído de: “As leis dos genes livres” por Cesar Baima; O Globo, Ciência, 14/06/2013.

Um comentário:

  1. Partindo do princípio que os E.U.A. são referência para comportamentos, posicionamentos e posturas nas sociedades pelo resto do mundo, abre-se espaço para o questionamento de inúmeros registros de plantas e suas propriedades, bem como de secreções animais pelo mundo. O Brasil, principalmente a região amazônica, sofre constante espoliação de seu patrimônio gênico, por crescente registro de venenos de insetos e extratos de vegetais.

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